Múltiplas vias de exposição e avaliação de risco à saúde humana de elementos potencialmente tóxicos.
O projeto objetiva utilizar a ferramenta de Avaliação de Risco à Saúde Humana (ARSH) para dimensionar o risco das populações residentes em áreas com diferentes fontes de poluição a solos e outras matrizes ambientais contaminados por metais.
Poluição do ar em municípios gaúchos de pequeno e médio porte
A pesquisa visa utilizar coleta de dados de poluentes do ar a partir de informações de satélite disponibilizadas por um aplicativo de celular disponível de forma gratuita para 23 municípios do estado do Rio Grande do Sul e, de maneira complementar, coletar informar através de um amostrador de partículas do ar externo (PM10 e PM2,5). Os dados serão disponibilizados ao público em geral via website institucional. Serão confeccionados relatórios com os dados coletados e disponibilizados aos gestores municipais e órgãos ambientais competentes. Os dados coletados serão analisados a fim de entender a dinâmica sazonal dos poluentes do ar, suas relações com as condições meteorológicas e os impactos sobre os desfechos de saúde. Estas informações inéditas serão úteis para compreender a dinâmica dos poluentes do ar em municípios de pequeno e médio porte no Estado do Rio Grande do Sul.
Impacto da contaminação de diferentes formas de arsênio sobre organismos do solo
Embora, o Arsênio (As) tenha ocorrência natural no ambiente e seus níveis basais no solo variam entre 1,5 a 3 mg. kg-1 em algumas regiões do Brasil podemos encontrar concentrações superiores a 1000 mg. kg-1 de solo. Estas concentrações podem comprometer a saúde humana e de organismos. As formas inorgânicas de As são as mais representativas no solo e configuram um perigo aos organismos vivos. Estudos sobre a extensão da contaminação e os potenciais impactos na biota do solo no Brasil são limitados. Desta forma, o objetivo da pesquisa é estudar o impacto de diferentes formas de arsênio sobre organismos do solo, considerando danos sobre a microbiota, plantas e animais através de testes de toxicidade, biomarcadores e sistemas em microcosmos.
Consumo de alimentos de cultivo orgânico e convencional: Ensaio Clínico Randomizado.
Os agrotóxicos no Brasil são utilizados em larga escala na produção de alimentos foram inseridos em grande escala para produção de alimentos. A utilização em excesso de agrotóxicos na agricultura pode deixar resíduos nos alimentos, o que pode causar efeitos agudos e crônicos à saúde. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da exposição de agrotóxicos através de alimentos de plantio convencional sobre os parâmetros bioquímicos de indivíduos saudáveis. O Ensaio Clínico duplo cego será realizado com estudantes universitários residentes da casa do estudante da Universidade Federal do Rio Grande, pelo período de 21 dias. Os alunos serão convidados a participar do estudo, constituindo dois grupos experimentais de maneira randomizada: os que receberão dieta com alimentos advindos do cultivo convencional e os que receberão dieta com alimentos obtidos pelo cultivo orgânico. Serão ofertadas as principais refeições: café da manhã, almoço, jantar e dois lanches. Serão coletados sangue e urina pré e pós intervenção, para ser analisados o dano e reparo de DNA, danos de estresse oxidativo e parâmetros bioquímicos dos indivíduos de ambos os grupos. Ainda, serão quantificados os níveis de resíduos de agrotóxicos urinários e nos alimentos.
Avaliação de risco à saúde humana de elementos potencialmente tóxicos em região costeira no extremo Sul do Brasil
Avaliação de Risco à Saúde Humana (ARSH) é uma ferramenta desenvolvida pela Agência Americana de Proteção Ambiental (USEPA) no final da década de 1980 que tem alto poder preditivo para risco não-carcinogênico e carcinogênico oriundos de múltiplas vias de exposição a partir de diferentes fontes. Além disso, o baixo custo, a facilidade do uso e a versatilidade desta ferramenta a credencia a ser um passo inicial importante para o gerenciamento de sítios contaminados. A região costeira compreendida na desembocadura da Lagoa dos Patos apresenta forte histórico de poluição ambiental proveniente de atividades industriais pretéritas e atuais, bem como de má ocupação de áreas urbanas. O presente projeto tem por objetivo aplicar as múltiplas funcionalidades do modelo de ARSH proposto pela USEPA utilizando duas áreas com distintas fontes de contaminação a fim de gerar produtos científicos, tecnológicos e socioambientais, capazes de serem aplicados em outros locais, auxiliando os tomadores de decisão e reduzindo os impactos da poluição ambiental sobre as populações.
Malformações congênitas em recém nascidos de usuárias de crack
O número de pessoas, na população brasileira, que utilizam crack e, as consequências negativas decorrentes desse hábito, aumentaram consideravelmente, constituindo-se um dos maiores problemas de saúde pública (BALBINOT et al., 2011). O crack é uma droga relativamente nova, com alto poder dependógeno e associação com a criminalidade. Apesar de dispormos de algum conhecimento sobre esse fenômeno no Brasil, ele ainda é insuficiente, tanto para o atendimento eficaz de seus usuários como para nortear políticas públicas de prevenção. Os estudos referentes ao crack são recentes no Brasil, porém com o aumento dos usuários, há um acréscimo na demanda referente aos serviços de saúde, desta forma é necessário uma ampliação neste campo de estudo.
Selênio no ambiente: implicações para saúde ambiental em áreas de uso de carvão mineral.
A pesquisa pretende caracterizar o modelo conceitual da distribuição (ou do ciclo bio-geo-químico) do selênio na região de instalação da CGTEE. Com isso contribui-se para a identificação das fontes de emissão e vias de transporte deste elemento para os diferentes compartimentos ambientais. Ademais, pretende-se identificar as vias de exposição e de contaminação humana ao selênio e seus efeitos sobre a saúde da população.
Utilização do sistema multiespécies (MS∙3) para avaliação da qualidade do solo
O sistema multiespécies foi desenvolvido pelo Laboratório de Ecotoxicologia do Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia Agrária e Alimentar (INIA) da Espanha como um modelo realístico para avaliação da qualidade, a partir da deposição do solo natural peneirado em colunas e a adição de macro-organismos. Neste sistema, os processos de interação entre ar-solo e o transporte de água e a cinética de sorção/degradação são reproduzidos de forma mais fiel que em bioensaios isolados, ao passo que o solo peneirado e a adição de macro-organismos oferecem um modelo mais reprodutível que os estudos em campo. O objetivo deste projeto é implementar o sistema multiespécies (MS∙3) como ferramenta para avaliação da qualidade do solo e investigar a influência de diferentes grupos de contaminantes na qualidade do solo (carvão mineral, petróleo, chumbo e triclosan) utilizando este modelo.
Consolidação do Grupo de Pesquisas em Ecotoxicologia Terrestre: avaliação da qualidade do solo contaminado por combustíveis fósseis utilizando ensaios preliminares e sistema multiespécies (MS∙3)
Objetivo avaliar a qualidade de solos contaminados por combustíveis fósseis utilizando ensaios preliminares e sistema multiespécies (MS∙3).